CORES E DORES
Por Lohany Rodrigues De Oliveira
“Olhe só, mais um e não preciso dizer a cor”
Olhe só, mais um e não preciso dizer a cor.
E venha cá, aprenda a respeitar. Porque o negro veio para revolucionar. Saudações escravizadas, culturas assassinadas. Negros morrendo com a desculpa de “foi só um engano”.
Chega na escola e ouve pura descriminação! Vai ver a lista de meninas bonitas da sua sala e advinha? Ela não está lá.
É chamada de macaca, neguinha chata do cabelo pinchain, isso porque crespo. E ainda por cima falam: “Vai pro gueto, que lá é lugar de preto.”
Meninas e meninos da pele negra crescem, mais responsabilidade a de ter aqueles que pregam igualdade e respeito são os mesmos que praticam o preconceito e nega o emprego. Até porque, “Ah, você é preto”.
País da hipocrisia, mas não esperava muito do país da tirania. Se na rua o negro chora, na tv querem que eles riam.
“Ah você fala demais”! Falo sim, falo mesmo! Até porque entra no ouvido e sai.
Pode me chamar de Cris, já que vocês me odeiam. Mas parece que o racismo virou brincadeira. Meninos dizem: “queria uma pretinha, mas logo elas são trocaras por barbiezinhas.
Pretinhas que nunca viram uma história de contos de fadas com sua cor.
Até viram sim, mas seus papéis eram de empregadas, escravas, mal amadas e sem valor, ah, por favor
Semana do negro chegou. Semana que o povo vem falar sobre “amor”?
E para complementar “sem preconceito, vamos fazer isso direito, porque todo negro tem seu valor”.
Mas deixa eu te lembrar, negro é negro o ano inteiro, não só no mês que o Brasil decidiu dedicar e não venha com frases decoradas e com seu amor de farsa.
Não é só no dia 20 de novembro que você tem que pôr seus deveres em prática.
Mais respeito!
Até porque vivemos em um Mundo cheio de preconceitos.
Texto: Autora: Lohany Rodrigues De Oliveira | aluna da Escola Cícera Germano | Juazeiro do Norte.